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Grupo Nzinga de Capoeira Angola | Grupo Nzinga de Capoeira Angola

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Grupo Nzinga de Capoeira Angola

O Grupo Nzinga de Capoeira Angola nasceu em 1995, quando Rosângela Araújo – hoje conhecida como Mestra Janja – passou a residir em São Paulo, em função da elaboração de suas teses de mestrado e doutorado na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, na área temática de Filosofia e Educação. Ela vinha de 15 anos de trajetória dentro do Grupo de Capoeira Angola Pelourinho-GCAP, em Salvador, trabalho conduzido pelo Mestre Moraes, que é uma referência no crescimento e divulgação da Capoeira Angola, no Brasil e no mundo. Durante os anos noventa, vieram unir-se ao Grupo Nzinga: Paula Barreto – hoje Mestra Paulinha – que esteve em São Paulo durante seu doutorado no Departamento de Sociologia da USP, e Paulo Barreto (Mestre Poloca), geógrafo e arte-educador, que participavam do GCAP em Salvador desde sua fundação, e onde Poloca já tinha o título de Contramestre. Na Bahia, Janja, Paulinha e Poloca, conviveram com alguns dos mestres mais importantes e renomados da Capoeira Angola, como Mestre João Grande e Mestre Cobra Mansa.

O Grupo Nzinga volta-se para a preservação dos valores e fundamentos da Capoeira Angola, segundo a linhagem do seu maior expoente: Mestre Pastinha (Vicente Ferreira Pastinha, 1889-1981). A Capoeira Angola é pautada por elementos como Oralidade, Comunidade, Brincadeira, Jogo, Espiritualidade e Ancestralidade. Toda a sua prática carrega em si significados e simbologias para o crescimento e transformação do indivíduo. Em seu ritual, todos participam e cada um é fundamental e único. Entre os princípios fundamentais dessa tradição estão a luta contra a opressão, a defesa de uma Cultura de Paz, a preservação dos valores que herdamos da diáspora africana, o cuidado com as crianças e jovens, principalmente através da cultura e da educação. Daí destacam-se o enfrentamento do racismo e a luta contra a discriminação de gênero. O antirracismo está na própria natureza da Capoeira Angola, que assumiu esse nome como estratégia para se diferenciar da folclorização e da esportização sofrida pela capoeira quando ela foi legalizada e usada como discurso do Estado Novo para divulgar uma pretensa democracia racial no Brasil. Os angoleiros, como são chamados, não aceitaram a descaracterização promovida pela transformação da capoeira apenas em Educação Física, que desprezava fundamentos da convivência e da educação afrobrasileiros mantidos por séculos nas comunidades de capoeiristas. Quanto à luta contra discriminação de gênero, o Nzinga muito se traduz através da liderança de Mestras Janja e Paulinha. Apesar da existência de mulheres capoeiristas históricas, sua trajetória se destaca num mundo eminentemente masculino e machista como o da capoeira.

Nos anos noventa, o Grupo Nzinga acumulou uma série de feitos nas áreas da cultura e da educação, destacam-se as Maratonas Culturais Afro-Brasileiras, que foram discussões, oficinas, celebração e Capoeira Angola, com público diversificado, incluindo movimento Hip-Hop, ONGs e educadores. Os integrantes do grupo foram incentivados a elaborar Pesquisas Acadêmicas: produção de papers, monografias, dissertações e teses como forma de intensificar e informar o diálogo entre a cultura tradicional e a academia. Desenvolveram-se atividades em conjunto com entidades das mulheres negras, centros culturais, escolas e outras entidades congêneres.

Nessa década de 2000, outras novas conquistas: as Oficinas no Fórum Social Mundial, com participação especial no “Forumzinho”, divulgando a Capoeira Angola para crianças de todo o mundo. O lançamento do CD Nzinga Capoeira Angola, a produção de um Clip (seguem anexos) e do vídeo IÊ, Viva meu mestre. O lançamento da Revista Toques d’Angola, um domínio na internet, o site www.nzinga.org.br, e a inauguração de novos núcleos de trabalhos do grupo.

Entre os anos de 2001 e 2002, surgiram os núcleos do grupo em Salvador, conduzido por Mestre Poloca, e Brasília, já com número significativo de membros. Ainda em 2001 nasceu o INCAB – Instituto Nzinga de Estudos da Capoeira Angola e de Tradições Educativas Banto no Brasil. Este instituto é a representação jurídica do grupo, além de uma ampliação efetiva no leque de atuação do Nzinga. Desde sua fundação o grupo tinha sido abrigado por entidades parceiras, como o Instituto de Psicologia da USP e o Centro Cultural Elenko, mas em abril de 2003, inaugurou-se a sede do INCAB no Jardim Colombo, Zona Oeste de São Paulo. Nessa comunidade, que é um dos bairros com pior Índice de Desenvolvimento Humano da capital, uma favela menos vistosa que a vizinha Paraisópolis, o Grupo Nzinga traduziu sua vocação ativista organizando ações de complementação pedagógica para crianças da comunidade e oferecendo gratuitamente aulas de Capoeira Angola e Culturas Populares para as crianças e adolescentes do bairro dentro do Projeto Ginga Muleke. No Projeto Kakurukaju, grupos da terceira idade participavam de atividades de conscientização corporal, Capoeira Angola e debates sobre negritude.

Em setembro de 2004, Mestra Janja recebeu a homenagem de Cidadã Paulistana, da Câmara de Vereadores de São Paulo, por sua marcante atuação na preservação e luta dos valores da comunidade negra do país.

2005 foi o ano da internacionalização do trabalho do Grupo Nzinga, com a inauguração dos núcleos em Marburg, na Alemanha, e na Cidade do México; atualmente com núcleos também em Maputo – Moçambique e Londres, e um terceiro núcleo em São Paulo, que funciona na zona norte da cidade, no bairro do Tucuruvi.

Voltando a residir em Salvador, Mestra Janja assumiu a coordenação do Departamneto de Mulheres da Secretaria de Promoção da Igualdade do Estado da Bahia – SEPROMI e depois o cargo de professora titular no Departamento de Educação da Universidade Federal da Bahia. Mestra Paulinha dirige o Centro de Estudos Afro Orientais de Salvador – CEAO –  da UFBA,  e Mestre Poloca desenvolve já cinco anos atividades de resgate de lendas e contos africanos com crianças de escolas da rede pública de Salvador. Em São Paulo e nos outros núcleos, o trabalho foi assumido pelos chamados na tradição de treinéis, integrantes mais antigos, responsáveis pela condução das atividades do grupo.

Em 2008, o Instituto Nzinga decidiu mudar sua sede para a região do Largo da Batata, em Pinheiros. Ao se reestabelecer nesse bairro, onde o Nzinga foi sediado por vários anos, um núcleo de atividades passou a funcionar nas instalações do Projeto Viver, no Jardim Colombo, garantindo a continuidade dos trabalhos no bairro.

Os angoleiros e angoleiras do Nzinga são, na sua maioria, pessoas da comunidade, jovens estudantes, universitários, músicos, artistas, professores, trabalhadores..., reunidos numa diversidade de três gerações, no mínimo. Acima de tudo, o Grupo Nzinga é  constituído de pessoas que se conhecem, se gostam, gostam do que fazem e, principalmente, gostam e acreditam em fazer juntos.

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