Desde de
20 de setembro de 2022
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Sobre o núcleo
O movimento do Nzinga Botucatu começou com uma oficina de berimbaus onde construímos os nossos primeiros instrumentos. Na outra semana, seguiram-se os treinos às segundas-feiras. Nossos primeiros passos foram no espaço Seriema, um centro cultural e educativo que atende crianças no contraturno, com acolhimento especial às crianças com transtorno ou deficiência.
Ali fizemos nossos primeiros treinos e rodas, e conhecemos diversas organizações como as Terezas de Benguela – Botucatu, a CooperaPreta, o movimento LGBT, com as quais colaboramos – especialmente a participação/organização das rodas nas feiras da Coopera. Quando o Seriema mudou de espaço, já tínhamos treinos às segundas e quartas, com várias pessoas participantes, que em sua maioria já tinham um caminho na capoeira. Muitos de nós vivemos no bairro Demétria, região em processo de elitização e gentrificação.
Compartilhávamos a intenção de sair da bolha do bairro onde vivemos, buscando territórios mais diversos. Encontramos o Projeto Bem Te Vi, no bairro Jardim Aeroporto, e combinamos gratuidade para as pessoas da região. Estamos timidamente nos achegando às pessoas desse novo território. Há um movimento antigo de capoeira na região, com quem trocamos visitas. As vezes os jovens daquele outro grupo vêm treinar. O movimento para mais perto da cidade facilitou a vinda de pessoas capoeiristas do centro e de outras regiões.
Nesses dois anos, organizamos a primeira edição do evento Corpos e Territórios, com a presença de Mestra Janja em março de 2023, além do nosso aniversário de dois em outubro/23. O Nzinga Botucatu hoje é a única referência de capoeira angola da cidade.